Cara, mas que traço mais bacana! Desenhos ágeis, mas complexos e consistentes mesmo assim! Fica a impressão de que você é capaz de criar arte no papel de forma instantânea, sem esforço, como se já conhecesse todos os macetes necessários para tal. Que coisa, acho que eu ainda estou muito longe desse nível... Até hoje não cheguei a um estilo definido tão eficiente assim, quanto menos pra fazer quadrinhos. Mae enfim, deixe esse meu papo besta pra lá, he, he... O negócio é eu insistir mais pra obter melhores resultados daqui em diante e pronto.
Eis aqui uma piada contada pelo velho Josias (Josias sênior, o pai). Ou fui eu que contei pra ele, não lembro.
E diz que os portugueses mais preguiçosos que há encontram-se em Cintra. Na barbearia, o cliente, alegremente sem forças, está com o queixo colado no peito. O barbeiro solicita:
A piada é boa, Du, mas injusta com o povo simpático de Sintra, com quem tive uma convivência rica e frequente, pois morava em Cascais, muito perto de lá.
Opa, Sintra, e não Cintra. Mas não consta uma história de que eles têm fama de preguiçosos em Portugal? Ouvi o Mário Prata dizendo alguma coisa por aí, aliás eu devo ter ouvido essa piada da boca dele.
Ah... O Mário Prata! Ele morou lá na mesma época que eu. Nesse período, escreveu e publicou uma espécie de glossário "português/brasileiro" intitulado "Schifaizfavoire". Não cheguei a ler todo, mas o suficiente para perceber que grande parte dos verbetes eram desrespeitosos ou mal interpretados pelo autor. Não tenho nada contra o humor inteligente, que caberia muito bem numa obra desse tipo. Mas... Talvez ele tenha entendido que esse viés "pop" pudesse aumentar as vendas.
É, sempre tem disso aí, né? Esse "pop" aí de que você fala prevaleceu, e hoje estão aí os moleques do CQC, por exemplo, que não valem um cavaco em sentido nenhum. Mas rapaz, eu não resisto: sou chegado a uma piada de português, assim como sempre dou risada de português contando piada de brasileiro. Por exemplo, vi uma no YouTube que me rachei: atentado terrorista português, feito contra as torres gêmeas com dois balões dirigíveis, ri até doer a barriga. Mas do Mário Prata eu só li uns textos, uns dois ou três, no Pasquim, quando o presidente era o Millôr (72, por aí).
A propósito, ganhei no dia dos pais o segundo volume de uma coleção que fizeram no Rio, da editora Desiderata, com uma parte considerável dos números do Pasquim (esse segundo volume cobre 1972-73). Você conhece? Esta aí um livro, ou uma série de livros, que recomendo pra todo mundo.
Então, rapaz, esses da Desiderata são de encher os olhos. A edição é de uma simplicidade admirável, e está mantido o formato original do Pasca, aquele tamanho tablóide. As capas dos números reproduzidos estão no final, como um apêndice. Aliás essa editora me pareceu um negócio maravilhoso. Trata-se de uma autêntica editora de humor, o Rio de Janeiro continua lindo.
Brás, Bexiga e Barra Funda. Adaptação para quadrinhos dos contos de Antônio de Alcantara Machado: "Gaetaninho", "Dados biográficos do novo deputado" e "A sociedade". Editora Escala Educacional.
Miss Edith e seu tio. Adaptação para quadrinhos do conto de Lima Barreto. Editora Escala Educacional.
A cartomante. Adaptação para quadrinhos do conto de Machado de Assis. Editora Escala Educacional.
O homem que sabia javanês. Adaptação para quadrinhos do conto de Lima Barreto. Editora Escala Educacional.
14 comentários:
Cara, mas que traço mais bacana! Desenhos ágeis, mas complexos e consistentes mesmo assim! Fica a impressão de que você é capaz de criar arte no papel de forma instantânea, sem esforço, como se já conhecesse todos os macetes necessários para tal. Que coisa, acho que eu ainda estou muito longe desse nível... Até hoje não cheguei a um estilo definido tão eficiente assim, quanto menos pra fazer quadrinhos. Mae enfim, deixe esse meu papo besta pra lá, he, he... O negócio é eu insistir mais pra obter melhores resultados daqui em diante e pronto.
Até!
Hahahahahaha... Essa série é demais. Tá muito engraçada. Principalmente essa, que me identifiquei, por ser um slacker profissional. Abração, Jo.
Insiste sim, Daniel, você tem potencial pra ir longe.
Valeu, Brunão! Juro que a "homenagem" não foi pra você. Abração.
quem vence? o álbum ou o pecado?
O "Alzheimer" está dando de dez nos dois.
Eis aqui uma piada contada pelo velho Josias (Josias sênior, o pai). Ou fui eu que contei pra ele, não lembro.
E diz que os portugueses mais preguiçosos que há encontram-se em Cintra. Na barbearia, o cliente, alegremente sem forças, está com o queixo colado no peito. O barbeiro solicita:
- Barba ou cabelo?
- Barba.
- Pois. Tens de levantar o rosto, pa.
- Neste caso, pode ser o cabelo apenas.
...
A piada é boa, Du, mas injusta com o povo simpático de Sintra, com quem tive uma convivência rica e frequente, pois morava em Cascais, muito perto de lá.
Opa, Sintra, e não Cintra.
Mas não consta uma história de que eles têm fama de preguiçosos em Portugal? Ouvi o Mário Prata dizendo alguma coisa por aí, aliás eu devo ter ouvido essa piada da boca dele.
Ah... O Mário Prata! Ele morou lá na mesma época que eu. Nesse período, escreveu e publicou uma espécie de glossário "português/brasileiro" intitulado "Schifaizfavoire". Não cheguei a ler todo, mas o suficiente para perceber que grande parte dos verbetes eram desrespeitosos ou mal interpretados pelo autor. Não tenho nada contra o humor inteligente, que caberia muito bem numa obra desse tipo. Mas... Talvez ele tenha entendido que esse viés "pop" pudesse aumentar as vendas.
É, sempre tem disso aí, né? Esse "pop" aí de que você fala prevaleceu, e hoje estão aí os moleques do CQC, por exemplo, que não valem um cavaco em sentido nenhum. Mas rapaz, eu não resisto: sou chegado a uma piada de português, assim como sempre dou risada de português contando piada de brasileiro. Por exemplo, vi uma no YouTube que me rachei: atentado terrorista português, feito contra as torres gêmeas com dois balões dirigíveis, ri até doer a barriga. Mas do Mário Prata eu só li uns textos, uns dois ou três, no Pasquim, quando o presidente era o Millôr (72, por aí).
A propósito, ganhei no dia dos pais o segundo volume de uma coleção que fizeram no Rio, da editora Desiderata, com uma parte considerável dos números do Pasquim (esse segundo volume cobre 1972-73). Você conhece? Esta aí um livro, ou uma série de livros, que recomendo pra todo mundo.
Eu não sabia dessa compilação, Du. Até gostaria de reler alguns desses textos que, se não li todos na época, poucos ficaram por ler.
Então, rapaz, esses da Desiderata são de encher os olhos. A edição é de uma simplicidade admirável, e está mantido o formato original do Pasca, aquele tamanho tablóide. As capas dos números reproduzidos estão no final, como um apêndice. Aliás essa editora me pareceu um negócio maravilhoso. Trata-se de uma autêntica editora de humor, o Rio de Janeiro continua lindo.
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